segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Chegando a Um Fim


Até onde vai a sua vida, até onde você vai poder chegar, onde seus braços alcançarão? Não tente responder, porque a mais sincera e verdadeira resposta não seria a correta, porque não há uma. Sua vida vai até onde ela poderá ir, até onde ela deve ir, você pode antecipar o fim ou prolonga-lo o máximo possível, o que ainda assim não seria o bastante.


Observe o dia de hoje, olhe o azul do céu, se vire para o horizonte até onde a vista alcança, olhe como se fosse o último momento pra isso, a última oportunidade. Suspire com força, sinta o ar como o último fôlego. Quantos foram os dias que você conseguiu perceber as coisas desse modo? Já tinha visto e sentido por esse ângulo? Sabia que esse azul era tão azul assim e que sua vista alcançava tão longe?


Quando as coisas se vão, quando as coisas passam às queremos de volta, sentimos raiva, arrependimento, porque não vimos antes que nada que vai, volta, tudo o que acontece vira necessariamente passado, no máximo recomeçam, mas nunca são exatamente iguais, não há como escrever em cima, só há como começar um novo, virar a página e iniciar um novo capitulo. O arrependimento não mata, mas pode definir como será.


Sinta o que há pra sentir hoje, chore o que deve ser chorado agora, ria de tudo o que puder o máximo que se aguentar, dê aquele abraço apertado. Cada dia é o seu último, não há segunda chance, não há um segundo round, não há ‘mais tarde’, há o tarde demais. Cada segundo é presente, cada respiração é dádiva. O fim é certo e pode estar mais próximo que se imagina.