quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Apenas Imagem


Hoje pude estar perto de você novamente, ouvir sobre o seu dia, você contar suas histórias e rir de você mesma como se fosse a coisa mais normal e comum, e ao mesmo tempo séria e quase trágica. Pude te fazer rir novamente das minhas besteiras, das minhas piadas sem sentido e que você só acha graça quando está assim, com um sono descomunal, mas que bateu ainda mais forte quando eu comecei a falar do meu dia, das minhas coisas emboladas, com um ' q' de seriedade além do suportável, mas que você mesma perguntou, talvez pela sua educação sempre aguçada, ou quem sabe por querer mesmo saber - eu que prefiro pensar que tenha sido a segunda opção, afinal o livro de linguagem corporal que li todo deve ter servido pra alguma coisa.
Esse momento curto, se tornou infinito ao olhar novamente em seus olhos e ver o brilho incandescente que eles carregam sem precisar de muito pra isso, ao ouvir sua risada alegre com o simples, matar a saudade daquelas piscadinhas fazendo carícias com os cílios, que só você sabe fazer. Um momento infinito com breve fim, querendo tê-lo repetido, mas sem a previsão concreta.
Ter você por perto é mais do que desejo, quase necessário, sua ausência momentânea ou eterna provoca quase a mesma sensação. Estar ao seu lado não precisa fazer sentido, não precisa haver motivos, precisa apenas de você com seu jeito próprio ou talvez impróprio para mim, já que me vicia, mas encanta, colore e faz bem. Quem me dera estar sempre ao seu lado e viver nesse mundo, longe da sépia que se transformam rapidamente meus dias longe de você.
Te ver nunca será o bastante, mas talvez seja parte de um desenho, uma pincelada de um quadro de nós dois.

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