Pensei em escrever algo que fizesse sentido, que representasse esse instante, algo que se encaixasse, que se fizesse entender por si, algo que me lembrasse de alguém talvez. Mas tem horas que nada faz muito sentido, em que nada tem um encaixe perfeito e que na realidade bate, mas apenas bate e volta. E olha que é até bem comum, cada relação em que pensamos que poderia se fixar porque acreditávamos que aparava todas as arestas, que supriria todos aqueles buracos existentes dento de nós, ou mesmo aqueles momentos que criamos para nós achando que ele é o que precisamos naquela hora. Mas esquecemos de que o depois poderá vir e aí nos cobrará esse instante que passou e o de agora e aí a dívida é dobrada, têm juros e altos, um preço que às vezes se torna pesado demais, um fardo.
Vivemos procurando sentido em alguma coisa, em alguém, quando nada tem um real sentido, quando às vezes as coisas não precisam fazer tanto sentido assim, quando podem simplesmente acontecer sem ter explicações óbvias, matemáticas, noções estatísticas, podem apenas rolar, acontecer e ser. Nem tudo é óbvio, é explicável. Ninguém é perfeito, nenhum momento é tão perfeito, as pessoas apenas se somam e os momentos apenas são momentos. Deixar o destino se encarregar de boa parte do caminho nem sempre é abandonar aquilo que se quer, é se esquecer do prioritário, do dever diário, é apenas respirar fundo por um instante e ver que o mundo pode proporcionar coisas que não estavam no seu script diário e que mesmo assim foi melhor do que se poderia planejar. Nem sempre o plano ocorre em sintonia, talvez exatamente porque o mundo te reserva algo melhor que você imagina pra você mesmo. Faz sentido? Quem sabe...! Mas é isso que te traz aquele sorriso repentino e espontâneo que você não dava há horas ou dias. Quer ter respostas e explicações, more num laboratório e deixe a vida real pra quem é capaz de enxergar aquilo que não se pode enxergar.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Jogando o Jogo
Escutei darem um conselho em que diziam “A vida é uma roda gigante”, e me perguntei, será mesmo? Talvez o argumento de que a roda gigante se assemelhe com a vida pelos altos e baixos possa ter um fundo de verdade, em alguns momentos até fazer sentido. Mas será mesmo que sua vida é tão previsível assim? Será que você consegue mesmo enxergar ou esperar quando sua vida entrará em declínio e logo depois de volta ao topo? É claro que nosso caminho somos nós mesmos que fazemos, que trilhamos. No entanto, ninguém é capaz de prever nada que poderá surgir.
A vida é mais uma daquelas torres de parque de diversão, como a ‘La Tour Eiffel’, em que você sente a subida e a paisagem vai ficando cada vez mais bela, até que você chega ao topo, a sensação de liberdade fica plena e tudo dali de cima é realmente menor que você, quase que inatingível. Você então para por alguns momentos e curte aquele instante, mas sem nenhum aviso, sem nenhuma previsão você começa a despencar de quase 70 metros de altura sem poder fazer nada, dá uma vontade de gritar enorme, até bate um desespero sem saber quando se vai parar de cair. Quando chega no fim você pensa ‘quero subir novamente, preciso subir.’, mesmo que sujeito a uma queda instantânea ou que o momento lá em cima dure pouco. Porém, a subida te leva a uma fila enorme, você terá que batalhar muito pra chegar lá de novo.
O jogo da vida é esse, difícil por si só, não se deve complicar ainda mais, alguns complicam de propósito, tudo bem, afinal, são as próprias vidas que fazem parte desse jogo. Às vezes quando se para pra pensar em tudo, chega a dar vontade de desistir, porque parece que se tem milhões de motivos pra isso, inúmeros obstáculos, centenas de pessoas lhe dizendo que isso ou aquilo é impossível, mesmo o impossível não existindo, sendo apenas um a palavra imposta para que você não consiga.
Desistir, jogar tudo pro ar seria mais simples, mas você acabaria perdendo a melhor parte do jogo, mesmo que envolvesse inúmeras dificuldades, já que é isso que dá aquele sabor que a vitória, a conquista tem, quando se levanta e se pode olhar pra trás com outros olhos e observar que tudo foi duro, mas valeu a pena. Entrar nessa arena, jogar o jogo e curtir cada movimento, eles são únicos, não se repetem e todos valem a pena.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Numa Próxima Estação
Me perdi, por alguma razão saí dos trilhos e comecei a perder todas as estações à minha frente, sem controle atropelei tudo por onde passei até desabar completamente. Por um longo tempo estive a lamentar por todas àquelas estações das quais deixei pra trás, pois não sabia o que nelas esperavam, quem nelas esperavam, se os destinos seriam os mesmos. Pensei em voltar e fazer todo o caminho novamente, mas não dá pra voltar quando o caminho percorrido já foi percorrido, e mesmo com tudo aos cacos vi que ainda era possível prosseguir, buscar uma próxima estação e ver o que poderia encontrar. Estrada longa, caminho adverso, titubear quase necessário, perder a esperança consequência. Mas seguir é preciso, a maior barreira para o sucesso é o medo do fracasso. Não há porque lamentar com o que passou, não há volta, não há conserto, há perseverança pra acreditar e se manter firme num novo caminho.
Por longas noites a lua se fez companheira, pra ela contei histórias e fiz pedidos, pensando talvez que ela pudesse me ouvir. Quando de repente me deparo em uma nova estação, quase que completamente vazia, quando com um susto sou abordado por você perguntando pra onde eu estava indo, tão perdida quanto eu, mas ao mesmo tempo serena e tão segura de si. Foi então que ao olhar nos seus olhos me senti totalmente envolvido por eles e tudo parou, você sorriu e todas as dores desapareceram, toda a dificuldade foi esquecida, assim, como um passe de mágica. E em uma fração de segundo fiquei estático sem reação, sem noção de espaço e tempo, hipnotizado. No breve despertar respondi pra onde ia, novamente você sorriu e disse também ter esse destino. Pude então perceber que eu realmente fui ouvido, que agora não estava mais só e que agora poderia trilhar um caminho melhor, ter dias e noites mais felizes, porque agora você está ao meu lado, com você dividirei meus e seus segredos, nossas histórias, com você estarei e te farei mais forte. Mas hoje a lua ainda é minha companheira, agora toda vez que você adormece eu fico a conversar com ela, agradeço por ter me enviado você.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Sorria
Quantos sorrisos e risadas se costuma dar num dia normal?!Me peguei pensando nisso, não há um porque, são aquelas coisas que acontecem automáticas e sem nexo nenhum que passam pela cabeça.
E quantas dessas risadas fizeram realmente perder o folego? É, faz parte desse mesmo pensamento, mas que talvez comece a fazer com que ele tenha mais sentido – é o que define a veracidade de cada risada, de cada sorriso, de cada momento, é o que torna válido cada amanhecer, é o que transforma simples momentos como um cachorro quente na esquina, um churrasquinho com farofa ou um piquenique no clube em instantes excepcionais.
Nem todo sorriso é de felicidade, nem toda lágrima é de tristeza ou saudade. Descobrir essa diferença é a essência para que a vida passe a ser mais sem folego do que regada a aparências e agrados infiéis. Porque viver é bem mais simples e mais arriscado, é ter medo da dor, porque ele é o grande motivador, ele é o que causa aquele frio na barriga quando você está pra encontrar aquela pessoa que você nunca viu, mas que sabe que é quem você sempre quis e esperou, é o que causa aquela ansiedade por uma notícia tão aguardada em que você é capaz de cruzar os dedos pra que seja tão boa quanto se podia imaginar, são em momentos como esse que você vive, em que você aprende. Suba no balanço da vida, viva os altos e baixos com aquela adrenalina de uma criança que é empurrada ao máximo, mas que não perde o sorriso e que perde o folego a todo instante. Vamos balançar, aproveitar pra curtir aquele vento que você só conhece de dentro de um carro ou daquele ar-condicionado que te faz espirrar dez vezes ao dia, acima de tudo, vamos nos divertir, vamos gargalhar sem pudor. Momentos assim transformam vidas e se você for inteligente, essa vida pode ser a sua.
E quantas dessas risadas fizeram realmente perder o folego? É, faz parte desse mesmo pensamento, mas que talvez comece a fazer com que ele tenha mais sentido – é o que define a veracidade de cada risada, de cada sorriso, de cada momento, é o que torna válido cada amanhecer, é o que transforma simples momentos como um cachorro quente na esquina, um churrasquinho com farofa ou um piquenique no clube em instantes excepcionais.
Nem todo sorriso é de felicidade, nem toda lágrima é de tristeza ou saudade. Descobrir essa diferença é a essência para que a vida passe a ser mais sem folego do que regada a aparências e agrados infiéis. Porque viver é bem mais simples e mais arriscado, é ter medo da dor, porque ele é o grande motivador, ele é o que causa aquele frio na barriga quando você está pra encontrar aquela pessoa que você nunca viu, mas que sabe que é quem você sempre quis e esperou, é o que causa aquela ansiedade por uma notícia tão aguardada em que você é capaz de cruzar os dedos pra que seja tão boa quanto se podia imaginar, são em momentos como esse que você vive, em que você aprende. Suba no balanço da vida, viva os altos e baixos com aquela adrenalina de uma criança que é empurrada ao máximo, mas que não perde o sorriso e que perde o folego a todo instante. Vamos balançar, aproveitar pra curtir aquele vento que você só conhece de dentro de um carro ou daquele ar-condicionado que te faz espirrar dez vezes ao dia, acima de tudo, vamos nos divertir, vamos gargalhar sem pudor. Momentos assim transformam vidas e se você for inteligente, essa vida pode ser a sua.
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