quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Interrogações de Um Texto

Demais... Amor demais, tristeza demais, alegria demais, raiva demais, pensamentos demais... O quanto é demais, o que é demais, por que é demais? O que permite tal definição? O que promove e intitula o exagero? Por que é exagerado exagerar? Por que é demais querer demais, se quando pensamos, sonhamos, eles não devem ter limites? Por que restringir o ilimitado onde não se há limites? Como aprisionar numa prisão de ‘infinitude’ máxima? Como definir um destino para o predestinado a ser sem destino? Como fincar um ponto de chegada sem saber onde será o ponto de partida? Como ter certeza quando a dúvida é que promove uma certeza? Por que fechar os olhos se a imagem continua em mente? Como definir a intensidade se não se mede com força? Como definir distancia se ela não é física? Como apagar se não há método eficaz? Como se jogar quando não há chão? Como esperar quando não se sabe o quê? Como crer se não se sabe em quê? Como alcançar o inalcançável? Como viver se não há manual? Como se preparar se não se sabe pra que? Como não chorar se tudo o que se tem são lágrimas? Como não sorrir quando se tem apenas sorrisos? Como não sangrar quando tudo são espinhos? Como amanhecer quando tudo se faz noite? Como manter os pés firmes se tudo o que se tem são abismos? Como ser forte quando não há mais força? Como colocar um ponto final se tudo o que eu tenho são interrogações?

Um comentário:

  1. Sem pontos finais... Viva uma vida com interrogações (pois nelas aprendemos), com vírgulas (pausas de reflexão) e muitas exclamações (momentos memoráveis)!!!

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