Em meio a multidão a solidão se fez solidez. A cada passo contínuo o pensamento descontínuo, o olhar cego e o entendimento decaído. A palavra não dita exalada no sentimento aflorado, perdido no tempo/espaço ainda não vivido, interrompido na abrupta ignorância da certeza. O querer exaltado completamente desenfreado, multiplicado no desinteresse na ânsia do encontro desencontrado e na espera do surpreendido.
A procura inexplicável, apontada pro horizonte sem chegada, com a mira em parafusos norteada pro sul, através da rota traçada num lápis sem ponta, corrigida sem ser apagada com o prolixo objetivo na aparência de sintético, enganado pela crença do desengano de um passado ainda presente refletido num futuro inexistente recém-chegado com um adeus felicitado no desdém oportuno.
A descoberta aponta, mas só a encontra quando não se dá mais conta, de que essa era a vida, esse era o ser vivido antes de encontrar o seu amor, próprio ou improprio, nos moldes de um padrão já ultrapassado ao seu melhor estilo.
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