quinta-feira, 23 de junho de 2011

Tempo

Lembra-se daquele casaco preto que você sempre usava, porque vivia esquecendo ou com preguiça de levar o seu? Encontrei em meio as nossas coisas que agora somam lembranças. Ainda o uso, mas ele ficava melhor em você, mesmo cabendo mais de uma de você dentro dele. Lembranças que me disseram que com o tempo curaria, mas constatei que isso não é uma verdade, o tempo ameniza, mas não cura, o tempo trará inúmeras coisas, menos a cura.

Descobri que com o tempo histórias acabam, mas as lembranças não, e agora a percepção de que não aproveitei o tempo bom e que o tempo agora é mais curto e as vezes mais longo do que antes. Vivo na constante inconstância do tempo que me fez perceber que as pessoas não mudam com o tempo, elas são o que são, com o tempo se tornam mais ou menos idiotas ou se mascaram como subterfúgio e que o importante é saber onde se encaixar. Querer tempos diferentes depende disso, isso é o que define os tempos que virão, as pessoas que farão parte dele e as lembranças que se vai ter, porque o tempo não muda, fazer coisas é que muda algo, não fazer deixa as coisas do jeito que estão.

Descobri tarde?! Talvez. Mas não há como criar experiência, é preciso passar por ela, é preciso viver cada tempo para perceber que seu celular descarregado constantemente não era tão incomodo assim, que seu inglês tem melhorado muito com o tempo. É preciso errar para que com o tempo se descubra onde me encaixo e quais são as lembranças que pretendo ter daqui pra frente, e aí passar a viver cada tempo em sua plenitude e não mais a sobreviver a ele.

2 comentários:

  1. Putz! Muito bom, Glauber Mesquita!!!
    Essa família é demais mesmo!!

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  2. Muito bom!
    ´´É preciso errar para que com o tempo se descubra onde me encaixo e quais são as lembranças que pretendo ter daqui pra frente, e aí passar a viver cada tempo em sua plenitude e não mais a sobreviver a ele.``
    Parabéns!
    Jak.

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