sexta-feira, 15 de julho de 2011

Definindo Limites

Podia existir um guia para a intimidade, um mapa, algo que indicasse o destino certo, a melhor forma de agir pra que nos impeça de ultrapassar aquele limite aceitável, aquele limite em que pode se colocar tudo a perder mesmo sem a menor intenção de tal, ou quem sabe uma lente invisível onde poderíamos enxergar melhor nossas atitudes, posturas, que nos desse um olhar menos míope dos acontecimentos em certas ocasiões.

Há instantes em que nos martelamos querendo tudo isso, em que tudo isso faz todo o sentido, quando tudo já perdeu o sentido e não se sabe mais o que fazer porque não há mais nada a fazer, quando a melhor solução não existe, mas é a única. Queremos regras, um modelo padrão pra se seguir, e até perguntamos a nós mesmos, ’será que não existe um jeito certo pra eu fazer isso?’, e a resposta acaba sendo óbvia, talvez dura e irremediável. Não há regras, seguir a intuição, essa seja talvez a chave para a decisão; a resposta correta, cada momento pedirá uma e só você sabe de você, só você conhece seus limites e sabe o que tem a perder, não há nenhum tipo de GPS que possa guiar esses instantes, temos que descobrir sozinhos, arriscar, correr o perigo de errar, de pisar feio na bola, de extrapolar total, de ultrapassarmos a linha, de perdermos a linha. Precisamos de lições sempre e é assim que teremos algumas, precisamos de choques agudos pra melhorarmos nossas miopias e isso é o que há pra fazer, isso é o que distingue cada intimidade, cada aprendizado. Não se acovarde, seja capaz de pagar pra ver, nenhuma decepção é pior do que a que se tem com você mesmo.

Um comentário:

  1. Uaulllll....!!!!
    Adorei essa parte

    ´´Não se acovarde, seja capaz de pagar pra ver, nenhuma decepção é pior do que a que se tem com você mesmo.``

    Parabéns!!!

    ResponderExcluir